terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ampliação - fase 3

Queridos
Aí vão mais fotos da ampliação da capela de S. Symeon de Dajbabe.
Agora só falta terminar de pagar o pedreiro, alguns poucos sacos de cimento, o piso e a janela do santuário, além de, em uma próxima etapa, fazermos uma puxada inferior lateral para as confissões e a relíquia que estamos aguardando, pois o metropolita já deu a sua benção.
Aguardo feedback de todos.
Em Cristo, sob a Theotokos e os rogos de S. Filipe, cuja memória hoje celebramos,
Pe. Jário, um indigno servo de Cristo.

Confirmação para a Festa - URGENTE

Queridos irmãos e estimados clérigos

Escrevo para convidá-los, como já havia feito em outra ocasião, para a humilde festa de nossa pequena paróquia de São João Crisóstomo.
Peço que confirmem urgentemente as pessoas que virão, pois preciso preparar o ágape e só fico em Caruaru até amanhã devido as minhas aulas aí no Recife. E assim, só poderei resolver por telefone com a cozinheira a partir de amanhã.
No aguardo,

Pe. Jário, um indigno servo de Cristo.

domingo, 11 de novembro de 2012

Homilia sobre o Evangelho deste Domingo

ASSALTADOS PELOS DEMÔNIOS, ACOLHIDOS PELA FAMÍLIA

O Evangelho de hoje nos fala sobre o assalto feito à humanidade pelos demônios quando nos apresenta o possesso gadareno vindo ao encontro de Cristo que em um momento um tanto incomum em Seu ministério foi até as fronteiras da Galiléia em uma nítida estada entre os pagãos na cidade de Gadara.

Logo no desembarque é abordado por aquele desafortunado
, cujas principais características residiam na indiferença para com as suas próprias vergonhas, pois "há muito, não se vestia" e na inconstância de suas inúmeras mudanças residenciais que não o permitia parar em uma só casa por muitos dias. 

Aliás, as pessoas em nossos dias têm vivido uma espécie de possessão coletiva em que a grande maioria não somente se rende à imoralidade, mas também se entrega às inúmeras aventuras afetivas, além de se prostrarem diante dos novos deuses do mercado religioso com a justificativa de confessarem o Jesus que não querem obedecer. E amargam no sepulcro de si mesmas...

À semelhança da interpretação feita pelo gadareno sob a influência dos demônios, infelizmente Aquele que a gente encontra na Eucaristia e em uma profunda e sacrificial vida de oração ainda é alvo de rogos e correntes de oração para que os homens se aliviem dos tormentos a que se julgam submetidos. E na busca de livrarem-se dos supostos tormentos, jogam fora seus próprios princípios e valores ao interpretarem-nos como "cadeias e grilhões" (Lucas 8:29).

Mas, a solução ainda reside na redescoberta da identidade, como propôs Jesus ao perguntar-lhe: "Qual é o teu nome?". Não seria esse o maior mal de nosso século? As pessoas nem mais conhecem a própria identidade tão possuídas por legiões que estão. Todos possuem muitos nomes, mas ninguém mais conhece as raízes da cultura em que foram criados, as origens da religião em que nasceram, e etc.

E o que lhes resta é clamar para que se não lhes seja tirada a oportunidade de ainda sobreviverem longe do rito prescrito por Deus para a Sua verdadeira adoração, exatamente como legiões inteiras clamavam a Cristo para gozarem da possessão de algum tipo de animal (os porcos de Lucas 8:32) que, por serem ritualmente impuros, jamais poderiam ser conduzidos ou levados ao Templo de Deus naqueles dias. E assim evitariam o abismo (Lucas 8:31) e levariam adiante uma vida distante dos átrios do Senhor.

Todavia, não há como viver longe de Deus quando Jesus está por perto. Mesmo aqueles porcos não deixaram de se precipitar, ainda que estivessem agora possuídos pelas legiões que se esforçavam para driblar as ordens do Nazareno. De fato, não há gadareno que se perca quando o Nazareno está por perto. 

Essa foi a razão da multidão logo, logo, encontrar o gadareno pela primeira vez vestido e em perfeito juízo aos pés de Cristo. Todavia, foi precisamente o esforço humano de driblar as ordens divinas que igualmente a fez se unir aos antigos rogos do endemoniado, pedindo ao Senhor que se retirasse do meio deles.

Parece mesmo que uma das maiores angústias humanas constitui-se na busca desesperada de permanência em uma zona de conforto aparente que é crida pela maioria como estabilidade e denominada de status quo, ou como queiram chamar. Por isso a disciplina imposta por Cristo ao gadareno, agora liberto, foi a de inverter o seu status, transfigurar a sua imagem, precisamente retornando ao lar e dando testemunho ali das obras de Deus em seu favor.

Como diz a Tradição Ortodoxa, Adão saiu do Éden despido das roupas que ali recebera e somente no Santo Batismo é novamente revestido de Cristo (Gálatas 3) e dia a dia se reveste da imortalidade que desaloja todas as realidades transitórias, passageiras, próprias do presente século mau. 

Naquele assalto em que nem mesmo as vestes lhe restaram, somente a desinstalação em relação aos bens e realidades deste mundo é capaz de curar, como no caso do gadareno, a inconstância espiritual, cobrir as nossas vergonhas existenciais e nos fazer redescobrir nossa identidade junto ao nosso lar, se neste for possível o testemunho do genuíno Evangelho preservado pela famíla de Deus, a coluna e baluarte da Verdade, o Corpo de Cristo, a Igreja una, santa, católica e apostólica. Isso é o que essa mesma Igreja, há dois mil anos, chama de Ortodoxia!

Pe. Jário Carlos S. Jr., Paróquia São João Crisóstomo e da Transfiguração do Senhor - Missão Ortodoxa Sérvia no Agreste Pernambucano.
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