terça-feira, 17 de abril de 2012

Sobre o Desespero




2. O DESESPERO É FILHO DA DESCRENÇA
Murmúrio, impaciência, pusilanimidade e sobretudo o desespero são pecados diante de Deus – são os filhos horrendos da descrença pecaminosa.
S. Inácio Brianchaninov
(†1867)
“The Cup of Christ”

3. DESÂNIMO BENÉFICO NA MODERAÇÃO
Todos os demônios ensinam a alma a amar o prazer; somente o demônio do desânimo se abstem de fazer isto pois ele corrompe os pensamentos daqueles que ele ataca cortando todo e qualquer prazer da alma, secando-a pelo desânimo , “pois até os ossos dos abatidos estão secos” (ref. Prov. 17:22). Se este demônio atacar somente até um grau moderado, faz com que aquele que busca a espiritualidade se torne mais resoluto; ele o desencoraja a buscar qualquer coisa mundana e ao mesmo tempo o faz afastar todo prazer. Porém, quando este demônio permanece por mais tempo, encoraja a alma a desistir, ou força-a a escapar. Até mesmo Jó foi atormentado por este demônio (ver Jó 30:24).
O símbolo dele é a víbora. Quando usada com moderação para o bem, seu veneno é um antídoto contra outros venenos; mas em excesso mata qualquer um que o tome. Foi a este demônio que Paulo entregou o homem que havia caído no pecado em Corinto (ref:2 Cor. 2: 7 – 8). Ele sabia que este espírito, ao perturbar os homens, pode trazer arrepedimento verdadeiro. Foi por esta razão que S.João Batista chamou de “raça de víboras” aqueles que foram aguilhoados por este espírito a buscar refúgio em Deus (ver Mat. 3:7 – 9).
Mas se um homem imitar Abraão e deixar sua terra e sua parentela (ref. Gen. 12:1), ele se tornará muito mais forte do que este demônio.
Abba Evagrius, o Solitário
(† 399)
“Texts on Discrimination” p.45

4. DESÂNIMO É SOMENTE DESTE MUNDO
Deus enxugará todas as lágrimas de seus olhos; e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro; nem haverá mais dor: pois as coisas antigas já se foram.

S. João, Teólogo († 101)
Apo. 21:4
5. TRISTEZA DIVINA E TRISTEZA TERRENA
[....................................................................................]
São Paulo
2 Cor. 7:8 – 11
6. O MEDO CRIA O DESÂNIMO
[...............................................]
(s. João, o Teólogo,
1 Jo 4:18)
7. O DESÂNIMO FAZ PARTE DA NATUREZA HUMANA

S. Gregório de Nissa dizia que os pássaros e os outros animais rejubilam porque não têm consciência; já o homem, sendo dotado de inteligência, não consegue ser feliz por causa da consciência de sua miséria. Pois, ele completa, não fomos sequer considerados dignos de conhecer o que perdemos. Por isto a natureza nos ensina através da dor, visto que a vida é cheia de miséria e esforço, como um estado de exílio dominado pelo pecado.

(S. Pedro Damasceno)
(24 discours, pp.260-261)
8. MORTE ESPIRITUAL

Cair numa insensibilidade empedernida é o mesmo que morrer; assim também ser cego na alma é igual a perder a visão física. Pois aquele que caiu na insensibilidade é privado da força doadora de vida e aquele cuja alma é cega é privado da Luz Divina, através da qual o homem pode ver e ser visto.
(S. Gregorio do Sinai)
“TEXTS ON COMMANDMENTS AND DOGMAS”
9. ESTAMOS SOB A PENITÊNCIA DE DEUS
É pecado entregar-se à tristeza. Somos exilados na terra e exilados não têm o direito de se sentirem insultados ou ofendidos. Estamos sob a penitência de Deus e esta consiste em privações e dificuldades. Estamos todos doentes da alma e do corpo e assim como um remédio amargo, a penitência é útil para todos nós.
(S.Teofilo das Cavernas de Kiev)
10. PRIMEIROS INIMIGOS DA SALVAÇÃO
Abba Gabriel sempre buscava encorajar a todos a se tornarem fortes espiritualmente e queria inspirá-los a serem determinados quanto à própria salvação, ou seja, que banissem o tédio e o desânimo, pois estes são os primeiros inimigos da salvação.
(Novo Mártir Simeão Kholmogorov)
(The Life of Elder Gabriel)
11. A LAMENTAÇÃO PELO PARAÍSO PERDIDO
O estado natural da alma humana é a lamentação pelo Paraíso perdido. Não é natural estar constantemente entretido. Somente quando estás em estado de lamentação, a consolação te conforta e te leva a um estado de contrição no qual Deus te escuta.
(Pe. Adriano de Nova Diveyevo)
12. A GRANDE ALEGRIA DO DEMÔNIO
O desespero é a grande alegria do demônio, dizia S. Barsanúfio em suas obras. É necessário que compreendas que o desespero é uma força satânica, um hálito diabólico, um pensamento venenoso que fere o tolo. Quem comete suicídio e quem se desespera cometem o mesmo mal contra si mesmos, pois o desespero também mata o entusiasmo e o ânimo da alma e lança-a na tristeza e na preguiça. Esta artimanha do maligno só escraviza o ignorante pois este não consegue entender muito bem Cristo e a Sua infinita bondade, quando Ele diz: “não desejo a morte de pecador, mas que ele se converta e viva eternamente”.
(Monge João Vranos)

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